como eu saí dos medicamentos para a depressão
Decorria o mês de Junho de 2018.
O Firmino, tinha falecido em 30 de Maio.
Meu ex marido, havia poucos anos, mas apenas no papel as coisas se desligaram - pois de algum modo houve cooperação e sempre aquela perseguição de quem nem vive em paz, nem deixa os outros viver em paz.
Teve morte súbita e rápida. Aquelas notícias que nos tiram folego, pois falamos com as pessoas e no dia seguinte recebemos a notícia da morte.
Uma história de vida com momentos excelentes, mas também com uma carga negativa terrivel , ao longo de3 décadas menos uns mesitos... Eu estava, nessa altura, já há uns anos a antidepressivos - honestamente já nem me lembro do nome dos medicamenots, pois o unico remanescente é um comprimido para dormir... aos poucos tenciono livrar-me dele também...
Então, livre que estava daquela pressão, via telefone, pois eu recusava deixar que sequer houvesse grande amizade ou encontros (eu tinha medo de vacilar mais uma vez... pois tinham sido muitas...) comecei a aliviar a carga de comprimidos - fazer o desmame!
Já tinha percebido o real motivo da minha depressão - falta de amor por mim mesma - e estava a tratar de me amar o melhor possível e andar com a minha vida para a frente - sozinha.
A filha já tinha voado do ninho e eu mantinha-me na minha profissão de Cuidadora de Idosas em minha casa - geralmente conseguia ter 2 a 3 senhoras - o que me permitia viver com conforto e amealhar algum dinheiro.
Então devagar fui tomando cada vez menos comprimidos até deixar por completo - isto geralmente dura de 1 a 2 meses...
Quando acabou, durante algum tempo fui verificando se realmente me sentia bem - pois apesar de tudo eu estava em luto.
O que é certo é que até hoje estou sem a dita medicação e bem
APENAS APRENDI O VALOR DE ME AMAR MUITO E FAZER POR MIM TUDO O QUE POSSO PARA ME SENTIR BEM...
Agora, com mais um tempo de terapia, vejo o quanto tenho feito por mim e que nunca nenhum comprimido, receitado pelo psiquiatra, me ajudaria...Felizmente o meu psiquiatra sempre me deu força a VIVER A VIDA e sempre me disse que eu sairia da situação com facilidade.
Lembro que as minhas sessões eram sempre bem dispostas, ligeiras, e de ele me afirmar - QUANDO VOCE QUISER VAI SAIR DISTO...
Isso mesmo! QUERER!!! Um dia - EU QUIS E SAÍ...
Bem haja Dr! Aonde quer que esteja, espero que continue a ser bem disposto! E que encontre muita gente do"nosso tempo" e "Liceu" para recordar bons momentos!
Cabe aqui referir que ambos andámos no mesmo Liceu e o pai do meu psiquiatra tinha sido meu Pediatra... O Universo é realmente maravilhoso...
Portanto sair de depressões e dependência dos medicamentos é possível - no entanto há um trabalho interior de valorização própria que temos de fazer - isto é como comer... cada um tem que faze-lo por si! Quem não quiser, nunca vai ficar livre do pesadelo das drogas...do cansaço e viver aprisionada em medicamentos...que ajudaram, mas que não eram o meu caminho...
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