hipnose clinica de 27.12.2021
Inicio com respirações.
Visualizar-se numa piramide de luz branca. Aí fico deitada no fundo de uma enorme pirâmide com luz branca transparente, e sinto-me sempre muito bem... deitada, em pijama, na base dessa pirâmide.
De seguida para o lugar mais bonito do mundo.
É uma ilha que tem a forma de uma virgula deitada, com a ponta para a minha esquerda. Acaba num pequeno bico. do lado direito é muito mais larga. No fundo, é em forma de unha de gato. Grande. Eu estou, como sempre, sentada na areia branca, completamente limpa. Na minha frente um mar chão, de águas entre o azul e verde água, muito limpido, com uma ondulação quase imperceptivel; a água é mesmo muito baixa e sei que posso andar mar adentro sem sequer me chegar aos joelhos. Só lá muito ao fundo fica mais profunda.Tem uma cor maravilhosa e algumas conchinhas .Do lado direito tem a ponta maior da praia. o sitio da areia não é muito grande, terá uns10 metros, por aí,de comprimento até á água (engraçado que há pouco vi uma praia como esta... igualzinha, portanto este sítio existe algures...). nas minhas costas e ladeando a areia muitas palmeiras que estão debruçadas para a praia. Têm cocos e por detrás umas plantas enormes com folhas largas em forma de coração (eu já tive plantas destas) estão como se fossem uma cerca cerrada. Por detrás sei que tem um passadiço, como os que agora há à beira dos rios para se passear). Sei que há bancos para 3 pessoas se sentarem.
Percebo que do lado direito o mar continua para lá da terra que avisto, agora já azul e fundo. Eu estou só. O sol está brilhante e cai a pique. a luminosidade é muito intensa. No entanto o calor é agradável, sem ser escaldante. Está por cima da minha cabeça, portanto em posicão de meio dia e o céu azul clarinho sem nuvens. Sons - o ligeiro murmurar das águas, como se fosse muito distante, quase imperceptivel.
Estou sentada, em posicão de chinês, descalça, sou mais magra e mais nova, tenho uns calções pelo meio da coxa, às riscas azul e branca e uma t-shirt verde seco , que tem uma inscrição em inglês - traduzida diz - VIVE O MOMENTO - DEIXA O TELEMOVEL...(eu tenho mesmo esta camisola na vida real). Tenho um chapéu de palha, de grandes abas, até parece um "sombrero"com uma fitinha rosa pálido. Nada mais há senão paz - eu sinto-me em paz...já não me lembro se ouvi pássaros, mas se houve, eram gaivotas passando, entre o cinzento e negro. Cheiros, nada de relevante. Sons quase nada também.
Depois saio para o tal corredor com portas. as portas são muito altas e azuis - azul eletrico.Só há portas à direita. 3. entro e cupro os rituais de mudar a luz amarela para verde. sem problemas e rapidamente. mais à frente vem a bifurcação do caminho. para a direita uma espécie de tunel muito alto, mas estreito, cheio de luz do sol. Muita luz. Placa com EU SUPERIOR.
Para a esquerda, com a mesma altura, mas como se fosse um buraco no meio de ninho feito de galhos de arvores, em forma de tunel, uma escuridão tipo cor de grafiti, viscosa, como se fosse lama, por cima EU INFERIOR. Tenho relutância em entrar, mas vou. Tudo tão escuro, mas não sinto qualquer atrito. Entro na escuridão, com algum medo do escuro. chego à clareira, do que me parece ser uma densa floresta e é como se o ninho se alargasse e fosse possivel ficar ali naquele tunel redondo, grande cor de ocre, muito mal iluminado.
Sinto os meus medos, tristezas, sem formas. Depois aparecem os vultos; do meu avô materno, eu estou ao colo dele ouvindo as historias que ele contavam e que me metiam medo (não percebi que medos eram estes), mas era das histórias que ele contava (aconteceu mesmo); depois o meu padrinho, irmão do meu pai, com uma cobra enrolada numa enxada e eu fujo com medo da cobra (aconteceu também), o meu pai surge aí com 36 anos, mas como se fosse um gigante e eu uma criança pequena, e que me intimidava mesmo muito - sempre a depreciar-me, a dizer que eu não era capaz, sempre com o negativismo dele...isto também foi real (eu tinha mesmo muito medo do meu pai). A única mulher que apareceu foi a minha mãe, uma trovoada e um raio que atingiu a nossa casa, sendo que eu estava só em casa, também as imagens do poço e a minha mãe a dizer que tinha a maria da grade lá no fundo que puxava as crianças e as afogava...(tudo isto acenteceu) eu também tinha muito medo da minha mãe, em especial das ameaças e tareias dela. Percebi que ao longo da vida deixei de ter medo das trovoadas, das cobras, de morrer afogada. A minha mãe também representava os medos sexuais e preconceitos. Sem grandes especificações percebi que deixei muitos destes medos. No entanto ainda senti que tenho medos paralizantes que não me deixam avançar com projetos na vida, sendo o mais forte o medo de falhar.